Eu e Você - Escrito por : Charlotte Evie
07:36
Esta é nada mais que a segunda postagem do blog e estou muito feliz. Estou um pouco sem saber o que postar e isso é estranho porque eu sempre costumo ser um poço de imaginação, mas é a idade. Os tempos vão passando, você vai ficando velho e ai você não é mais como era quando era jovem. ( cara de vinte, alma de 80. Resumindo, Eu).
Já tem um certo tempo que escrevi esse texto que logo irá ler. Mas ai você pergunta: " Milena, de onde surgiu a ideia para esse texto." Bom meu caro leitor, a minha resposta é simples, do meu shippe infinito do casal trivago. Trivago? Sim eu sou louca e shippo até personagens de propagandas, não me leve a mal, mas aqueles dois são muito shippaveis.
Caso não saiba o que é shippar, ai vai a explicação:
Shippar: Ato de desejar que dois seres humanos ( ou animais, ou qualquer coisa dependendo da sua sanidade mental) fiquem juntos.
Obs.: Se não entendeu ainda, procure no google :)
Eu sei que você também shippou aqueles dois e não venha me dizer que não. Minha mãe shippou, minha vó shippou, o carinha da mercearia shippou, o vendedor de picolé shippou, todo mundo shippou. Se você não shippou você não é deste mundo (ou talvez seja uma pessoa normal).
Pois bem, inspirada por aquele comercial lindo, e aquele casal mais lindo ainda, eu resolvi criar um pequeno conto. Ele é completamente inspirado no comercial. Bom chega de enrolação e vamos logo a história.
Boa Leitura!
Eu estava um tanto estressado, mais um dia de trabalho chegava ao fim
e o que sobrava era apenas dor de cabeça e preocupação. De que
adiantava estar em uma cidade maravilhosa, hospedado em um hotel
incrível se você não pode desfrutar do lugar? Passei todo o dia trancado
em uma sala de reuniões com homens e mulheres arrogantes que só se
preocupavam com o dinheiro. Não vou negar, também adoro dinheiro, mas
não gosto de ficar dias e dias trancafiado em uma sala falando de
negócios e tudo isso era graças a herança milionária que meu pai havia
me deixado.
Antes de assumir o cargo máximo da empresa eu era músico, ficava
andando dentro de uma van velha com os meus amigos que conhecia desde
muito pequeno, naquela época trabalho era o de menos para mim, não tinha
com o que me preocupar, sempre fui rico e tinha tudo na palma das mãos.
Porem a morte repentina do meu pai e a depressão da minha mãe me fez
deixar toda a vida de músico de lado para me tornar um homem importante.
Me levanto após a reunião terminar e me dirigiu para saída quando
alguém segurou o meu braço. Ao me virar deparei com Joseph, o melhor
amigo do meu pai, um homem baixo, gordo, pele clara e olhos
esbugalhados, ele sorria e fazia piadinhas que desde sempre me irritou,
eu odiava aquele cara. Sempre atrás do meu pai, sempre extorquindo
dinheiro, ele era um babaca.
–Então filho quando vai tirar essa barba e cortar esse cabelo?-
Perguntou ele com as mãos sobre a barriga em uma posição que parecia que
ele fazia aquilo para ela não cair.
–Nunca.- Respondi irritado.- Se me der licença vou para o meu quarto.
–Se quiser mais tarde pode se juntar comigo e os outros assessores
para beber.- Ele gargalhou.- Amanhã não tem reunião então vamos
aproveitar o último dia neste lugar.
–Obrigado, mas prefiro ficar no meu quarto.- Antes que Joseph
continuasse falando sai apressadamente e fui para o meu quarto.
Tirei
aquele terno que tanto odiava e o joguei no chão, era um alívio quando
eu podia tirar aquela armadura de luxo. Fiquei de frente ao espelho me
observando, sou um cara bonito e charmoso, gosto de ter a barba grande e
cabelos cumpridos, isso é o meu charme e atrai muitas mulheres. Posso
soar um pouco narcisista, mas não devemos ficar dizendo para nós mesmos
que somos feios e nos colocando para baixo. Eu sou lindo e é isso que
importa.
Sai do quarto e tranquei a porta, caminhei um pouco e quase esbarrei
em uma garota que saia do seu quarto. Ela era pequena, magra mas não
esquelética, seu corpo era bonito e possuía curvas, ela tinha olhos
castanhos e a pele clara, não dava para ver seus cabelos pois estavam
enrolados na toalha, mas não me importei com isso, pois ela era bonita
de qualquer jeito. Caminhei mais um pouco e percebi que ela me fitou por
um bom tempo e senti o seu olhar pesar em minhas costas quando passei
por ela o que indicava que provavelmente eu havia ganhado a noite.
Ao chegar na piscina o local estava vazio, assim apenas joguei a
toalha em cima de uma cadeira e me jogou na piscina para me refrescar
afinal aquela noite estava muito quente. Nadei por um bom tempo e depois
sai da piscina indo até minha toalha. A peguei e comecei a enxugar os
meus cabelos foi quando a garota apareceu, novamente nossos olhares se
encontraram e pude ver um sorriso no canto de sua boca. Ela deixou a
toalha em cima de uma cadeira próxima e entrou na água, seus cabelos
castanho claro curtos brilhava dentro da água e daquela forma ela
parecia uma sereia. Não pude negar, estava encantado. Ela saiu da
piscina e se sentou. Respirei fundo e botei um sorriso no rosto indo até
ela e sentando ao seu lado.
–Posso lhe pagar uma bebida?- Perguntei.
–Claro.- Ela respondeu. Fiz sinal para que um garçom que estava
próximo trouxesse uma bebida e assim começamos a conversar. Logo percebi
que ela era uma garota incrível, mas provavelmente era uma daquelas
garotas que parecem ser intocáveis que com apenas um toque podem
quebrar. Conversamos por um bom tempo. Descobri que seu nome era Natasha
e por incrível que pareça ela era da mesma cidade que eu, segundo ela
estava hospedada naquele hotel pois precisava resolver alguns problemas.
–Então Nicholas.- Ela começou.- Um homem como você não deveria estar
em um lugar mais movimentado e mais digamos eletrizante neste
momento?-Sorri.
–Você não sabe nada sobre mim.- Percebi que ela bebericava a bebida
com um canudinho de uma maneira completamente sexy.- Mas se quiser
podemos nos conhecer melhor.
–Não quero saber muitas coisas sobre você.- Ela repousou o copo.- O
que acha de pararmos de conversar e aproveitarmos a noite de outra
maneira?
–Leu meus pensamentos.
Deixamos nossas bebidas sobre as mesas e corremos para o vestiário da
quadra que havia do outro lado da piscina, o local estava escuro e não
achamos um interruptor, mas aquilo não importava, não precisávamos de
luz para o que íamos fazer. Natasha me empurrou contra a parede e eu
gostei, a puxei pela cintura e foi quando nossos lábios travaram um
beijo intenso e quente, ela sorria entre o beijo e me agarrava com
força. Nos soltamos para recuperar um pouco do ar e caminhamos até um
canto onde havia alguns colchonetes. Ela deitou e me puxou para cima
dela, comecei beijando seu pescoço enquanto a ouvir sorrir sem parar,
depois tirei o seu biquíni e logo ambos estávamos sem roupa. Confesso
que aquela foi a melhor noite da minha vida, ouvir os gemidos de Natasha
em meus ouvidos me fez delirar e quando chegamos ao ápice de nosso amor
ela sussurrou meu nome em quanto mergulhávamos em um grande mar de
prazer.
–Preciso voltar para meu quarto.- Disse ela minutos depois. Me deu um
selinho e correu com rapidez. Fiquei ali por um longo tempo e depois
voltei para meu quarto onde dormi profundamente. Acordei no dia seguinte
com Joseph batendo na porta do meu quarto, ele parecia nervoso quando
abri, dizendo que precisávamos partir, que eu estava atrasado e que um
jatinho me pegaria em trinta minutos. Me arrumei com rapidez e coloquei
tudo dentro da mala saindo apressado do quarto e entrando dentro do
elevador, o calor estava intenso e eu odiava aquele terno. Quando a
porta do elevar ia se fechar alguém entrou, primeiro vi o coturno,
levantei o meu olhar para observar a pessoa que estava ao meu lado e não
acreditei quando vi quem era. Natasha estava do meu lado vestida de uma
maneira extremamente diferente de como eu imaginei que ela seria, uma
calça jeans um pouco gasta, uma blusa preta que provavelmente era de
alguma banda e por cima usava uma jaqueta de couro, sem contar as
correntes em volta do seu pescoço. Ela me fitou dos pés a cabeça e
provavelmente achou estranho me ver de terno e gravata. Olhamos um para o
outro e disparamos a rir descontrolados.
– É realmente não sabemos nada um do outro.- Disse. – Mas quem se
importa.- Quando a porta do Elevador se fechou eu a agarrei e nos
beijamos ferozmente, só paramos quando o elevador chegou no térreo e a
porta abriu, três pessoas estavam paradas do lado de fora e nos olhavam
sem jeito. Rimos mais um pouco e nos despedimos, mas aquilo não foi um
adeus, afinal de contas morávamos na mesma cidade, assim marcamos de nos
encontrar. No fundo eu sabia que acabava de encontrar a mulher da minha
vida.
0 comentários